Jagas

JagasNos séculos XIII e XIV, os Jagas eram considerados nações ou povos guerreiros que existiram em África. Os portugueses designavam estas tribos por Jagas ou Imbengalas, provenientes da Serra Leoa. As carnes de vaca como de cabra não eram suas breferências, alimentavam-se de carne humana. Eram aproximadamente uma horda de 12000 negros, sem residência própria. Seus comportamentos de conquista, fizeram que percorresem pela costa litoral do Golfe da Guίne até ao sul de Angola.

Na época também existiam outros povos guerreiros como os Anzicos que também participavam nas ondas avassaladoras do Congo, (Zaire), obrigando por vezes o rei congolês a refugiar-se. Estes bárbaros atacavam repentinamente povoações, saqueando o que encontravam pela frente, devastando, queimando e destruindo tudo. Os acampamentos, eram construidos em formas circulares. Procurando sempre zonas de repouso com preferência com precipίcio.

O chefe da tribo era o principal responsável da escolha estratégica pelos locais de permanência com maior seguridade. O chefe principal vivia no centro dos acampamentos, acompanhado por servos e guardas, residindo no cίrculo mais interno do regimento. A separação do chefe com seus vizinhos era dividida com fortes grades e cancelas, cada oficial ou comandante tinha uma importância por cada secção de blocos, dividido por vários.

Em cada bloco as casas estavam apertadas umas as outras, proporcionando assim um sistema de segurança muito eficaz. Os ocupantes colocavam suas armas as entradas das habitações, com objectivo de prever as condições incertas de ataque ou defesa, podendo mobilizar todos os membros do Quilombo. Alojavam-se em terras, onde existia muita abundância de palmeiras, retiravam o óleo da árvore, alimentavam-se do vinho e frutos.

Permaneciam pouco tempo no mesmo lugar, só quando tinham outras provições; como as colheitas, permaneciam com mais tempo. Atacavam e roubavam o gado alheiro, não gostavam de plantar e tão pouco criar gado. Alimentado-se através dos saqueamentos das povoações vizinhas. Seu pontencial de ataque era surpresa, uma táctica operacional eficaz.

Quando eram atacados posicionavam-se na defensiva, deixando dois ou três guerreiros ao inimigo para abrandar-lhes o ataque, regressando em seguida ao ataque com muita fúria. Seus oponentes não suportavam o ataque em massa das forças combinadas em suas astúcias. As emboscadas eram realizadas quase sempre a noite, munidos por dois flancos, deixavam cair tristemente os inimigos ao implancável domίnio.

ACBVCBDCARR9EX2CAIQIFCMCA9NENIRCAI5XQA2CASL9E2TCAD4X3QQCAE4I2ODCAU0STOMCAT7VOQUCAQ5NGBRCAXKYQOBCAAC2D7UCAU5AFDQCA2HWL91CAY9ITWPCA2IXF4OCA34XKJECA2W71M0Eram homens fortes de alta estatura, bem equipados com facas, escudos, lanças, arcos, flechas e azagaias. As mulheres não criavam seus filhos, mais sim adoptavam adolescentes capturados em guerra. Os recém-nascidos eram abandonados nas matas. Os jovens capturados mais tarde participavam nos combates, tinham ordem de conseguir a cabeça dos inimigos, como prova de virilidade e consentimento ao chefe Jaga. Pelo gesto alcançado, os jovens guerreiros tornariam-se homens livres.

Vindo do norte litoral do Congo, o rei Zimbo, Jaga, dividio seu exercito. Uma de suas mulheres chamada Temba-Nduma, seguio para Serra Leoa. Quizuva, mais tarde perderia a conquista de Moçambique aos Portugueses em Tété.

O rei Zimbo também foi derrutado em Melinde, vindo mais tarde estabelecer-se a (Matamba), no interior de Angola em 1570, onde deu-se a fusão entre os povos locais, dando origem ao povo Imbangola ou Imbangala nos finais do século XV. Constituίram vários reinos do Huίla, Humbi e Matamba, desceram até Cassange e Benguela pelo alto do Cunene. Mas tarde conquistaram o reino do Ndongo que por sua vez entregou a seu filho Ngola Kiluanji I. Originando a linhagem da famosa rainha Ginga de (Matamba), Angola.