Escravatura

 image001« O termo escravo significa uma pessoa submetida a prestar serviços, tempo inteiro. Considerado animal, disposto a servir os piores e duros trabalhos penosos, transformando-se num bem imóvel que vendido ou revendido, seu proprietário tem um direito absoluto de sua vida e morte »

« O tratado é um comércio, negócio e tráfico cujo o ser humano é tratado como mercadoria, uma carga sem significado qualquer ».

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Os escravos vendidos na costa do Congo, sua maioria eram encarcerados de guerra. Uma realidade imposta pelos chefes locais e traficantes. Um pretexto de intransigências na obtenção de produtos industrais europeus : tecidos, armas, licores, etc.

Reputados como mercadorias, homens, mulheres e crianças eram capturados. Por delitos de seus crimes, estavam sujeitos sofrer penalmente com maus maltratos. Uma verdadeira caça humana pelo intérior do reino até ao image002litoral onde transportados eram vendidos, ignorando suas destinações finais. Nos portos, o maior número de carga humana era acumulada em depósitos, onde os escravos passavam uma a duas noites em lágrimas, sem esperança alguma. Uma aceitação forçada pela a realidade de separar-se definitivamente de sua pátria (Nsi Kongo). Uma agonia assustadora e mortal demonstrada nos escravos, ignorando o reservado imenso Oceano Atlântico.image004

Completamente nus, os escravos tinham uma pequena coberta em volta da cintura pela qual escondia o sexo. Na caminhada aos navios, os prisioneiros recebiam maus tratos dos traficantes, os mais atrasados recebiam pancadas violentas, os que estavam a frente da marcha por vezes cortavam os braços, activando e eliminando os menos resistentes, infligindo um ritmo acelarado a caravana. Em grupos pequenos de três a quatro escravos, eram conduzidos por vinte traficantes. A frente da marcha estavam cinco a seis condutores que puxavam os captivos como animais, unidos um a um por uma corda em volta do pescoço e por uma forquilha estreita para não deixar escapar. A forquilha de madeira passava em volta do pescoço, precisamente produzida a largura do escravo, eram resistentes com tiras abertas de madeira.image005

Furadas por dois buracos que passavam em baixo da nuca do preso, fazendo assim pesar a garganta que também estava ligada por uma corda até ao calcanhar por uma cavilha de ferro. Nestas condições a marcha era controlada com maior seguridade. O guia da frente podia controlar todos os presos, fazendo asfixiar ou cair suas presas com movimentos da cabeça e pelos ombros.

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Os capitães procuravam a maneira mais cómuda de apertar os braços da forquilha ao calcanhar, sem deixar a mínima oportunidade de fugir. A maioria não se oponha a resistência, suas vidas estavam abandonadas a sorte, as correntes eram soltas no final da viagem. A marcha ficava interrompida a noite. As correntes de ferro eram amarradas as árvores ou tudo que é tangίvel. Os escravos mais persistentes tinham os braços mais sólidos, presos por pequenas cordas. Alguns dos captivos lutavam desesperadamente pela própria liberdade, conseguindo por vezes escapar-se, enfrentando os mercadores.

image007Os caminhos de Cabinda, Benguela, Luanda, Kuba e Lunda, eram os pontos do tráfico humano comercial da época. As viagens realizavam-se em distâncias incalculáveis e condições desumanas. Os escravos eram sujeitos por força de viajar. Antes das embarcações, os escravos chegavam a costa em pior estado, completamante desgastados pela difícil caminhada imposta pelos caçadores. Na época da caça, existia muitos  »Manis », (vendedores de escravos) que demonstravam o maior ardor pelo comércio de escravos vendidos aos espanhóis, portugueses, ingleses, holandeses e franceses.

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O comércio escravo infundido pelos traficantes, constituίa uma calamidade sem igual para os escravos do Congo exportados as Américas. Uma vez que o escravo fosse comprado, se porventura a mercadoria era de mau qualidade, o escravo estava sujeito a ser estampado uma certa parte do seu corpo era marcado por ferro vermelho. Durante a travessia ao Atlântico, dentro dos navios negreiros, todos os escravos de parentesco, amigos ou membros da mesma tribo eram estritamente separados uns dos outros para impedir formação de grupos revoltosos.

image009No navio todos os escravos eram desconhecidos, interditos de comunicarem entre si, ignorando suas próprias lίnguais. Os homens eram metidos na parte do porão, onde apertados e encostados uns aos outros piedosamente, as mulheres estavam no segundo coberto, as grávidas no quarto de popa e as crianças no primeiro coberto, apertadas como peixes fumados em barris, um calor insuportavél e mau cheiro, fazia sentir-se nas embarcações.

image010Os escravos tinham obrigação de trabalhar no navio, enquanto os marinheiros passavam regularmente vinagre nas boucas dos presos, prevenindo o contágio do scorbuto. Os captivos eram sujeitos duas refeições diárias ; feijão legeramente cozidos e picantes. Eram submetidos a dançar e cantar músicas com alegria. Aqueles que não faziam com ardor eram castigados e punidos severamente chicoteados. Muitos escravos subretudo as mulheres e crianças morriam nas prisões escuras e apertadas, onde estavam encarcerados de dia e noite. Esmagados pelas condições desumanas, sede e fome. Para eles era indiferente viver e morrer.

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Alguns factores naturais como tempestades e condições desumanas impostas pelos senhores, apresentava uma altíssima taxa de mortalidade nas embarcações. Mulheres e crianças eram os mais afectados. Existia outros problemas causados pelos escravos, doenças, revoltas e outros motivos, eram solucionados. Vivos ou mortos e acorrentados, eram postos fora do navio. A viagem durava entre 20 e 35 dias, muitos escravos procuravam vários meios de suicidar-se, alguns preferiam lançar-se ao mar, outros rendiam-se contra as paredes do navio, estrangulando com próprias correntes. A sociedade do Congo baseava-se pela coesão clã de suas famίlias, suas linhagens ou grupos e tribos nas cidades. A paz e colaboração entre provίncias foram destruίdas, os princípios e valores arruinados. Sucedeu a adecadência totalmente do reino Congolês.

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A colonização das Américas, (Brasil), começou em 1532. Fundou-se cidade de São Vicente.

images 1Foi o começo da indústria da cana de açucar que necessitou importância da mão-de-obra. Na época, os nativos da terra, os índios américanos não resistiam ao duro trabalho imposto pelos colonizadores, muitos preferiam morrer que perder liberdade no cativeiro. Portugal como colonizador deslocou-se as colonias africanas, do reino do Congo, embusca de escravos, transportando os negros que chegaram aos milhares nos portos da Baίa, Rio de Janeiro e outras partes das Américas por uma viagem sem volta, rumo a escravidão.

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