Maculélé

maculele1No estado da Baίa, mais propriamente em Santo Amaro nos dias de hoje fazem-se celebrações religiosas, uma mistura do religioso com o profano. As tradições apresentadas a entrada da igreja da Boa Mãe ; Capoeira de Isabel, á Bumba, meu Boi, á Burrinha e Maculélé o ponto mais alto das festividades.

O Maculélé é uma dança dramática, marcada pela batida dos Atabaques, (tambores) durante a qual um grupo de homens munidos de batões afrontam-se mutualmente. Desde abolição da escravatura em 1888, o Maculélé teve um declίnio, sem registo algum de actuação. Um desaparecimento por completo, só em 1943 reaparece com Mestre Pópó, decidindo reunir os familiares e amigos a recriar o Maculélé, efectuando assim uma exibição frente a Igreja da Purificação. As origens da dança é ainda uma incógnita pelos historiadores e outros interessados. Uns defendem que era uma forma de divertimento criada pelos negros africanos, como o Samba de roda e Capoeira etc. Conta-se que os escravos enfrentavam os colonos (brancos), narrando histórias e lendas por pessoas idosas sem existência alguma de suporte por escrito.

A primeira história conta um guerreiro negro que foi atacado por elementos de outra tribo quando estava impedido de ir caçar por motivos relegiosos, por isso para alguns praticantes do Maculélé, realizam em épocas de caça. A segunda história narra um guerreiro ίndio, preguiçoso que ficou na aldeia com as mulheres e crianças enquanto os outros tinham ido caçar. A aldeia foi atacada por outra tribo. Ele como guerreiro lutou até morrer na defesa da aldeia. Praticamente as duas versões são iguais, nos dias actuais debate-se as origens apresentadas. Mas não existe factos por escrito, mas tudo nos leva acreditar que os povos africanos transportaram suas culturas num perίodo de opressão e revolta. Respondendo de tal modo a escravidão, recriando suas origens no Brasil, afro-brasileira.

maculele2O Maculélé consiste na prática de formação por um círculo ou um meio-cίrculo completo de pessoas, separando em dois flancos. Parte central esta o chefe, ele ataca (jogando) com todos os participantes, uma vez que passa por todos, ele próprio escolhe um lutador experiente para travar um duelo. No Maculélé cada lutador possui dois bastões, são batidos entre si, consoante o ritmo realizado em quatro batidas. As três primeiras batidas são executadas altura da cintura com movimentos. Na quarta e última batida um dos bastões é levantado altura da cara, finalizando o ritmo enviado pelos tocadores da orquesta.

Os golpes são executados com grande velocidade e destreza de cada participante, uma mestria de controlo que impede os praticantes de fere-se. Um verdadeiro espectáculo impressionante da dança do Maculélé. A música do Maculélé é produzido por um ritmo de três ou quatro Atabaques, (tambores). A Ganza, Agogo, Pandeiros e Guitarras de douze cordas completam um ambiente festivo e convivial ao Maculélé.